Na tarde de um dia quente, o sol se punha sobre a praia, tingindo o horizonte de tons avermelhados. A brisa do mar trazia consigo o cheiro salgado das ondas, e Júlia, uma mulher de certa idade, descalça, caminhava na areia macia. Sua beleza, mesclada de maturidade e graça, atraía olhares. Ela era japonesa, descendente de imigrantes que haviam chegado décadas atrás, e sua presença sempre era notável.
Seu telefone vibrava na bolsa. Era Raquel, uma amiga íntima, conhecida por todos como Safadinha. Júlia sorriu ao ouvir a voz dela, marcando um encontro para mais tarde, no mesmo dia. "Vamos aproveitar o sunset", disse Raquel, ansiosa. Júlia concordou, sabendo que aquele seria um momento especial entre elas.
Quando se encontraram, o sol já havia mergulhado no mar, e as estrelas começavam a aparecer. Elas sentaram-se em uma pedra, olhando para o infinito azul. A conversa fluiu naturalmente, misturando lembranças e sonhos. Júlia notou que Raquel estava mais relaxada do que de costume, seu corpo esguio se movendo levemente à medida que falavam.
De repente, Safadinha puxou Júlia para um abraço. "Você é tão especial pra mim", sussurrou, seus lábios roçando no ouvido de Júlia. A tensão entre elas cresceu, e por alguns minutos, ninguém falou. Apenas respiravam juntas, sentindo o cheiro doce do ar noturno.
As mãos de Raquel deslizaram pelas costas de Júlia, acariciando suavemente. "Você sabe que eu te admiro demais", disse ela, seu sussurro quase inaudível. Júulia assentiu, sem conseguir dizer nada. Seu coração batia forte, e ela podia sentir a proximidade dos corpos, aquele momento de intimidade pura.
Elas se beijaram então, um beijo suave e profundo, que parecia durar uma eternidade. As mãos se entrelaçavam, e os olhares se fixavam um no outro. Foi como um momento de transcendência, onde o mundo inteiro pareceu desaparecer.
Quando se separaram, Júlia sorriu para Raquel. "Hoje foi especial", disse ela, seus olhos brilhando na escuridão. Safadinha concordou, e juntas voltaram para casa, caminhando de mãos dadas pela areia molhada. A lua iluminava seu trajeto, e o mar cantava suavemente ao fundo.
Enquanto se aproximavam da entrada da cidade, Júlia notou que Raquel andava um pouco mais depressa. "O que foi?", perguntou, preocupada. Safadinha sorriu, envergonhada. "Nossa transa me deixou assim... é tão bom te ter", admitiu, seu rosto corando levemente.
Júulia riu, abraçando-a com força. Eles caminharam em silêncio por mais algum tempo, sabendo que aquele momento de conexão profunda não seria esquecido jamais. Enquanto isso, o mar continuava a murchar, trazendo para a praia pedras molhadas e o cheiro doce da água salgada.